domingo, 17 de maio de 2009

.um telefonema.

.- me promete que não vai me deixar.

- não.

- me promete.

- não! não posso falar do amanhã com tanta certeza assim.

- quem falou em amanhã? eu falo o que eu quero ouvir agora. eu falo o que quero ouvir pois, nesse momento, mais que tudo, me dói não saber a resposta.

- mas é que você me pergunta para longa data... eu não sei por quanto tempo as palavras vão me caber...

- não me importa.

- não te importa?

- não, apenas diga que não vai me deixar.

- mas se te digo hoje, e amanhã, ou depois, não valer mais?

- diabos! só me dá a porra de uma certeza agora! é tudo que eu te peço, porra!

- não sei ser tão previsível...

- você não sabe amar!

- e você não sabe viver sem se iludir.

- de quantas ilusões você acha que pode escapar? querendo ou não, a gente sempre ama alguma merda de uma ilusão. a gente simplesmente precisa disso.

- preciso desligar...

- precisa me reconfortar, me dar algum apoio, uma base, um chão firme. me preencher enquanto há tempo e vontade!

- preciso ir.

- (covarde).

- clock... tutututututututututu.

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