terça-feira, 24 de novembro de 2009

.sobre meu deus².

.o cosmos é a totalidade em constante movimento. é a totalidade em mudança constante (mudar é se movimentar) e constantes encontros de si-consigo, os quais geram e são o movimento. (acho graça e bonito acreditar que, se há de haver um deus, que ele seja o movimento cósmico e sua afirmação).
.seria incabível acreditar que a vida poderia estar fora da totalidade. tudo está dentro do todo, inclusive a vida. a vida é um das expressões/manifestações da movimentação cósmica, que tomou determinada forma e, desta forma, se fez imagem própria (para nós, construtores de imagens por necessidade) sem ser tão própria assim. não se separa a Vida do todo.
.o que torna a vida especial? o que a faz parecer possuidora de um movimento próprio em relação ao cosmos, ao invés de ser encarada como um dos movimentos do sopro cósmico?
.a vida se caracteriza por ser um fragmento de todo, um fragmento de destino, com organização energética intensa. é uma organização cósmica com película bem fina e bastante permeável, com uma aparente intencionalidade e reatividade própria. essa impressão de que a Vida tem uma intencionalidade própria, observável através da constante necessidade de se afirmar em movimento, não me parece errada. eu sinto assim. construímos muitas coisas enxergando desta forma e vivendo desta forma. a questão é que essa intencionalidade da vida, aparentemente própria, também está dentro do cosmos. afirmo aqui, novamente, que o movimento vivo, é uma expressão de um movimento cósmico. sendo assim, a intencionalidade viva, representa a intencionalidade cósmica.

.trecho do texto 'o eu de porcelana cósmica'.

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