quarta-feira, 13 de junho de 2012

.nome próprio.

.quantas vezes a gente precisa ouvir o próprio nome
até que ele vire nome próprio?
quantas vezes até decorá-lo, enfeitá-lo, encaixá-lo em nós?

quantos são os desafetos próprios, as brigas e as burradas
para querer esquecê-lo, tocê-lo, rasgar ele inteiro?

quanta ousadia, própria ou achada,
é necessária para não se importar mais com ele?
quanto tem de coragem nessa ignorância, nessa leveza, nessa dança?

tem muita história em um nome,
no meu nome próprio
que é de minha propriedade e garantia
grande parte da história
nem fui eu quem escrevi 

muitas memórias, 
repetições
muitos acidentes, más interpretações,
gráficas, semãnticas e léxicas

tem hora que pesa demais
tem hora que,
talvez graças aos corpos que sempre somos,
ele nem importa mais

quando a gente geme um nome próprio,
em certas ocasiões,
já é quase esquecimento
de não importar mais

ainda bem.








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